Se você não é da cidade, provavelmente não conhece o estilo “boca de anjo” para lanches, uma legítima invenção campineira. Mas bastará visitar um dos inúmeros bares da metrópole para logo descobrir como é feito o corte no pão francês, que o imortalizou. Os pequenos pedaços fatiados são um convite para que o lanche seja compartilhado. O recheio vem em sabores variados, que agradam crianças e adultos.
A história do lanche teve início na década de 1960, quando o chapeiro Moleza, do tradicional Giovanetti, resolveu fazer esse corte para repartir o lanche com os colegas, no fim do expediente. O sanduíche era feito com pontas de frios que não eram vendidos fatiados, e assim nascia o lanche mais famoso do bar, o Psicodélico. O nome dá uma ideia da infinidade de ingredientes que podem ser usados. O sucesso entre os funcionários logo levou o estilo para o cardápio e, quando as mulheres, que até então pouco frequentavam o bar, passaram a pedir o lanche, o corte ganhou o nome.
No entanto, há uma outra receita criada em Campinas que se tornou nacionalmente famosa – e poucas pessoas sabem qual é sua origem. Estamos falando da Torta Holandesa, que realmente não é européia, mas surgiu em uma cafeteria no Cambuí e seu sucesso logo a levou para as confeitarias de todo o país. Seu nome vem do fato de sua criadora, a empresária Silvia Maria Espírito Santo, ter trabalhado na casa de uma família holandesa na Inglaterra, e ter criado o doce para homenageá-la.