A cena artística em Campinas tem como ponto de partida a criação do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), em 1901, idealizado por um grupo de cientistas, artistas e intelectuais ligados ao colégio Culto à Ciência e ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O pioneirismo e os ideais positivistas e republicanos do período ressaltam a importância da cidade no início do século passado.

O CCLA conta hoje com uma biblioteca de 150 mil volumes, uma pinacoteca e dois museus, dedicados ao Maestro Carlos Gomes e a Campos Sales, quarto presidente da história do Brasil. O Centro também tem uma galeria de arte, uma sala de leitura, uma vitrine cultural e um auditório para 220 pessoas.
Outro momento marcante das artes plásticas em Campinas ocorreu em 1958, quando 11 artistas se reuniram e, em manifesto publicado no jornal do CCLA, deram origem ao Grupo Vanguarda, com espírito modernista. Anos depois, os artistas seriam responsáveis pela criação do Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC). As esculturas também fazem parte do cotidiano da cidade, com diversos bustos instalados em praças e outros espaços públicos, em homenagem a personalidades e fatos históricos do município.
A partir de 1972, com a criação do então Curso de Educação Artística na PUC- Campinas, a cidade passou a formar artistas em diversos campos. Seis anos depois, a Unicamp começou a oferecer cursos livres de desenho, pintura e escultura, e, em 1984, teve início a primeira turma de graduação. Ambos os cursos depois evoluíram para o de Artes Visuais.
O histórico vanguardista da cidade e sua efervescência cultural resultam, hoje, em inúmeros ateliês e espaços dedicados a exposições e projetos culturais.

