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250 Anos de História: Fundação

O surgimento de Campinas antecede ao dia 14 de julho de 1774, quando uma missa na atual praça Bento Quirino, onde está o túmulo do maestro Carlos Gomes, marcou oficialmente a fundação do povoado, originalmente chamado de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí. À época, era praxe estabelecer novos assentamentos a partir da bênção da Igreja, reforçando a ligação entre a colonização portuguesa e a expansão católica no Brasil.

Há poucas evidências históricas da presença indígena no município, embora registros em cidades vizinhas, como Salto, Monte Mor e Indaiatuba, levem a crer que os povos originários também habitaram Campinas.

As primeiras referências históricas datam de 1722, ainda no período do Brasil Colônia. A formação de Campinas está intrinsecamente ligada às expedições dos bandeirantes, movimento de expedições na busca por metais e pedras preciosas, além da tentativa de extermínio e escravização de tribos indígenas.

Entre 1721 e 1730, paulistas do Planalto de Piratininga abriram a trilha que seguia em direção às minas dos Goyazes, um longo percurso que seguia em direção às recém- descobertas minas de ouro nos atuais estados de Minas Gerais e Goiás.

Campinas nasceu entre duas cidades paulistas já estabelecidas – Jundiaí e Mogi Mirim – e o primeiro povoado surgiu com a instalação de pousos e armazéns com mantimentos para abastecer as expedições e também os tropeiros, comerciantes que percorriam as cidades com diversas mercadorias, no lombo de mulas e burros.

Assim, Campinas surge desse cenário de três povoados – Campinas Velhas, Tanquinho e Santa Cruz – e seu nome faz referência à geografia do local, com campos extensos, planos e desprovidos de uma grande quantidade de árvores.

Campinas se destaca como uma das raras cidades que pode nomear seu fundador. O estabelecimento efetivo do município remonta à chegada de Francisco Barreto Leme, acompanhado de sua família e conterrâneos, oriundos da região de Taubaté, entre os anos de 1739 e 1744. Nesse período, surgia uma nova dinâmica econômica, política e social na região, impulsionada pela chegada de fazendeiros provenientes de diversas cidades paulistas, como Itu, Porto Feliz e Taubaté. Esses fazendeiros buscavam terras propícias para o cultivo e a instalação de usinas de açúcar, recorrendo à mão de obra escrava.

Os pontos de parada ao longo das estradas abertas pelos bandeirantes incentivaram a fixação de colonos no local. Em 1767, quando houve o primeiro recenseamento nos arredores de Campinas do Mato Grosso, a localidade “contava com 38 fogos (unidades de residência e produção) e 185 habitantes, vivendo todos de roça, de lavouras ou de tropas”.

Foi a união dos interesses desses fazendeiros, com o apoio do governo da Capitania de São Paulo, que resultou na fundação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso de Jundiaí, em 1774. No ano seguinte, foi elevada à condição de Distrito de Conceição de Campinas. Com o crescimento, alcançou o status de vila em 1797, adotando o nome de São Carlos e conquistando a emancipação de Jundiaí. Finalmente, em 5 de fevereiro de 1842, a vila foi oficialmente denominada Campinas ao ser promovida à categoria de cidade.

Bonde puxado a burro Aquibadã – 1878. Acervo MIS
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