O desenvolvimento de Campinas entre o final do século XVIII e meados do século XIX foi marcado pela expansão do cultivo de cana-de-açúcar e, posteriormente, pelo surgimento do café como principal atividade econômica. A cidade chegou a responder por um terço da produção nacional de cana e manteve sua relevância durante o apogeu do ciclo cafeeiro. Esse período viu Campinas se tornar um dos principais redutos escravagistas do país.
A ascensão da economia cafeeira trouxe prosperidade e desenvolvimento para Campinas, atraindo a atenção do imperador Dom Pedro II, que visitou a cidade em pelo menos três ocasiões. Sua primeira visita, em 1848, teve como objetivo fortalecer laços com os grandes fazendeiros e barões do café, figuras influentes na política e na economia do Império. Além disso, sua relação com a cidade se estreitou devido à amizade com o maestro Carlos Gomes, cuja carreira internacional foi apoiada financeiramente pelo governo imperial.
O ciclo do café resultou na concentração de uma grande população de trabalhadores, tanto escravizados como livres, empregados nas plantações e em outras atividades rurais e urbanas. Nesse período, Campinas iniciou um intenso processo de modernização em seus meios de transporte, produção e vida cotidiana. A primeira estatística oficial da população brasileira foi registrada no Recenseamento Geral do Império, realizado em 1872, que contabilizou 31 mil habitantes em Campinas.

